Conclusão do Parque Industrial exigirá gastos de R$ 50 mi

Os erros apresentados no projeto do Loteamento Cidade Industrial - em  implantação no prolongamento da Estrada Pinguim, na região sul de Maringá - deverão gerar mais R$ 50 milhões de investimento para serem corrigidos. O prazo para correção e de possível retorno ao plano de implantação do empreendimento é de, no mínimo, três anos. Licitada em 2010, a execução do projeto previa custos de R$ 89,1 milhões e já consumiu R$ 65,4 milhões da Prefeitura de Maringá.
Os detalhes do levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Obras Públicas (Semop) foram apresentados à imprensa pelo prefeito Ulisses Maia e o secretário Marcos Zucoloto na manhã desta segunda, 13, no Paço Municipal.
Secretários de áreas pertinentes ao projeto e vereadores presentes à reunião sugeriram a instalação imediata de uma comissão que vai analisar a necessidade de uma CPI, ou ferramenta equivalente, para investigar as causas e consequências dos erros e encaminhá-las ao Ministério Público para cobrar medidas judiciais contra os responsáveis. Também foi sugerida a entrega formal de um requerimento ao Tribunal de Contas do Paraná para a vinda de uma equipe de auditores a Maringá.
“Não se trata de ′caça às bruxas′, mas tudo isso tem que ser cuidadosamente investigado para que tanto a Prefeitura quanto os investidores no empreendimento e a população maringaense não arquem com prejuízos”, esclareceu o prefeito Ulisses Maia. Dos 450 terrenos do parque, 259 foram comercializados, 184 espaços livres e 7 espaços públicos estão em posse da Prefeitura.

Erros detectados
Por meio de fotos, infográficos e apresentação de itens resumidos, o secretário municipal de Obras Públicas, Marcos Zucoloto, detalhou alguns dos principais erros detectados pela equipe técnica da atual administração em 15 processos de execução das obras. Os equívocos encontrados vão desde a elaboração do laudo geoambiental, falta de EIA Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) e sondagem de solo na área até a falta de sistema de drenagem de águas pluviais, abastecimento de água, ligação da rede de esgoto, estações de tratamento de esgoto, rampas de acesso fora do padrão, afloramento de rochas, ausência de alimentadores de energia elétrica, projeto elétrico vencido, rotatória improvisada e sem calçamento, ruas com 10,5m de largura quando a legislação municipal exige 12 metros e greide da estrada Pinguim sem adequação de nível para alinhamento de postes.
“E não foi apenas nesta obra que encontramos erros na Prefeitura. Difícil é achar uma obra, já iniciada, que não apresente algum problema que precise de auditoria para ser sanado”, enfatizou o secretário.


Providências imediatas
Além do presidente Mário Hossokawa, outros nove vereadores foram participativos na reunião, que visou também uma definição para os próximos procedimentos relativos às obras do Parque Industrial. Participaram das discussões os vereadores Carlos Mariucci, Homero Marchesi, Jean Marques, Altamir dos Santos, Sidney Telles, Paulo Rogério do Carmo, Odair Fogueteiro, Alex Chaves, Flávio Mantovani e Belino Bravin. “Sinto-me envergonhado com tudo isso, pois fiz parte da equipe da gestão passada, embora não acompanhasse de perto os trabalhos técnicos das secretarias”, observou Hossokawa.
Ainda neste início de semana a comissão de Obras Públicas, da Câmara Municipal - composta pelos vereadores Sidney Telles, Homero Marchesi e Altamir dos Santos - vai se reunir para estudar a forma apropriada de investigação na obra para posterior cobrança dos atores responsáveis. Desde as empresas contratadas para elaborar o projeto e execução das obras até os gestores públicos responsáveis pela fiscalização.  Também para a próxima quinta, 16, está sendo preparado um encontro do secretário de Inovação e Desenvolvimento Econômico, Francisco Favoto, com todos os investidores no projeto para  relatar a atual situação do parque.  A reunião está programada para as 18 horas, no Paço Municipal. Assessoria de Imprensa






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